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Histoquímica do cravo

Descrição: http://www.lapemm.ufba.br/HP2000/Image55.gif

Apostila de Aula Prática de Farmacognosia UFBA

Teoria da prática

O cravo-da-índia de nome cientifico Caryophyllus aromaticus L. e família Myrtaceae, é o produto do craveiro da índia. Esta é uma árvore de até 15m, de origem asiática, aclimada na África e no Brasil. São árvores terrestres, medram em terrenos úmidos, e de ocorrência no Brasil, do Amazonas até São Paulo. Possui flores aromáticas de coloração róseo-púrpura.

O cravo é uma flor ainda não aberta em botão, o qual posto a secar adquire cor quase preta de sabor acre e picante. É justamente esse botão e o caule que são empregados por terem o principio ativo.

O cravo-da-índia é também conhecido popularmente como cravo-das-moluscas, cravo-de-cabecinha, cravo-de-tempero, cravo fétido, cravinho, cravo aromático, cravo girófle; e cientificamente como Caryophyllus aromaticus Teysm, Eugenia aromática, Baill., E. caryophyllus Thumb., Jambosa caryophyllus Ndz. Et Spreng, Myrtus caryophyllus Spreng.

Dessa planta se extrai, por destilação e em aparelhos especiais, uma essência oleaginosa, fortemente aromática, muito empregada na indústria de perfumes e da Medicina. O cravo é vendido no comércio como condimento, sendo antigo seu emprego na indústria de confeitos, onde é grande seu consumo, em virtude de conferir o agradável sabor a certos tipo de doces, não só de produção doméstica como em fábricas.

Das sementes de aroma ativo, se extrai o ácido eugênico, incolor e de sabor picante.
O óleo de cravo-da-índia contém eugenol (70 a 98%), cariofileno, metil amil acetona, álcool benzílico, ác. eugênico, ác. salicílìco e furfurol.

O chamado "óleo-de-cravo" é um produto vegetal muito conhecido, o qual já teve mais aplicações do que hoje na medicina popular. É excitante, emprega-se com resultados benéficos nas dores de dentes, nas afecções do aparelho digestivo e na fraqueza sexual, como afrodisíaco. Promove ou restabelece o fluxo menstrual e combate os gases intestinais. Apontado como tônico estimulante e anti-séptico, particularmente na higienização da boca.

 

Prática

Objetivo: Realizar ensaios de pureza e identificação em amostra de cravo e essência de cravo.

Material de uso comum

Material por grupo

Ensaio de pureza

Pesquisa de falsificação

Falsificação pelo álcool

a. Agitar em uma proveta, 5ml de essência de cravo e igual volume de solução saturada de cloreto de sódio. Depois de repouso conveniente, os dois líquidos imiscíveis separados devem conservar os mesmos volumes iniciais. Se for observado contração do volume de essência, esta revelará aproximadamente a quantidade de álcool adicionada.

Óleos e gorduras

a. Depositar 2 gotas de essência em um pedaço de papel de filtro. Evaporar em estufa aquecida 100° por 20 a 30 min. A essência deve evaporar-se por completo sem deixar mancha translúcida permanente. As essências falsificadas com óleos e gorduras mancham o papel.

Reações de identificação

Extrato etanólico de cravo:

a. Preparo do extrato: agitar alguns botões florais de cravo com 5 mL de etanol. Decantar o extrato obtido para 2 tubos de ensaio.

b. Ao 1° tubo, adicionar uma a duas gotas de FeCl3 10%. Observar e anotar resultados.

c. Ao 2° tubo, adicionar 10ml de água de cal (solução saturada de Ca(OH)2). Observar e anotar resultados.

Cromatografia em camada delgada

Sol. Padrão: Essência de cravo padrão

Fase móvel: clorofórmio

Fase estacionária: Sílica gel

Amostra: Extrato etanólico de cravo-da-índia

Resultado: observar as manchas e anotar resultados

Provas de Identificação

a) Faça um corte transversal do cravo-da-índia na parte inferior do ovário e introduza-o em hidróxido de potássio 5,5N sobre uma lâmina de vidro: dentro de 5 minutos, devem aparecer cristais aciculares de eugenol potássico, melhor visíveis ao exame microscópico.

b) Comprima um cravo-da-índia com a simples pressão da unha: deve exsudar um óleo amarelo, de cor penetrante e característico de eugenol.

Avaliação

 

Referências bibliográficas